26.11.06
Eri Bellissima ~~ Ligabue
Domingo ~~
Mas não. Não me debulharei em recatadas reclamações. Não me entregarei a suspiros sem norte. Não me debato mais por qualquer motivo sem razão.
Sem mais, me vou.
19.11.06
"Nadie dijo nunca que fuera fácil llegar a ser una princesa."
It hasn't been said by anyone that it would be easy to become a princess.
Nessuno ha detto che era fácile si tornare una principessa.
~Ma non è preciso che sia fácile. Just need to believe that it worth it!! E, claro, compreender os passos e perceber o alvo. Absoluto.
Questa notte - I miei pensieri ~~
A academia de ginástica aguarda ansiosa pela segunda-feira. [Eu nem tanto!]. Conquanto sobram convicções e obstinações, restam, também, aqueles medos silenciosos - transmutados em banhos no escuro e lágrimas que turvam qualquer visão. Que digo?
Agora me vou. Morfeu me aguarda. Quero me embalar em teus longos braços e acordar convicta de ser o que sou - e cônsia de sabê-lo todo, em seus detalhes de alma, de corpo, de coração. Apenas.
PS: Ho anche pensiere sopra "Price-cap"!!^^
14.11.06
Four To The Floor ~ by Starsailor
10.11.06
Comincia a perdere le speranze, la nostra principessina.
"La foresta-radice-labirinto" - Italo Calvino.
[Vale explicar: o livrinho tem a principessina Verbena como personagem principal. Não que a princesa aqui esteja sem esperanças hoje. Não mesmo! Mas ela, que tem uma Verena, não podia deixar de ressaltar a Verbena...]
9.11.06
Gli occhi....
Parlano di come sono davvero.....E solo chi mi sa guardare veramente negli occhi, sa scorprirti per quella che sono.
~But it's important to stress out that I am not very found of people that keep looking at me...so, sorry about that! But maybe (just maybe!) I won't care if you try. :)
8.11.06
H. me respondeu...
Acho que ele se sentiu ofendido; ou então achou que meus devaneios eram interpretações erróneas sobre os seus comentários. Mas não. Não eram, meu querido H.
Na verdade elas são elaborações acerca de temas que às vezes desconheço a intensidade; ou que às vezes super estimo o poder. Enfim, não se relacionam diretamente a ti, mas à mim mesma, ao meu ser tentando entender aquilo que, até então, não entende - e que você insiste em discorrer com tamanha segurança. E propriedade (talvez).
Ele então me disse que iria comentar no próprio texto. E aí seguem seus comentários, todos eles. Entre parênteses; de azul. E as minhas respostas. Em seguida; de vermelho.
Segue então o texto original e os respectivos comentários:
H.
Ele insiste em me lembrar que aquelas coisas são todas as boas coisas da vida
(são não. Aquelas soisas são muito boas. Mas tem zilhões de outras boas coisas na vida. Aquelas são boas coisas da vida. Só isto.);
Obrigada. Obrigada por me lembrar que na vida existem várias coisas boas. Obrigada, inclusive, por estar do meu lado em vários momentos em que as vivenciei - e vivencio. Obrigada por me cuidar quando estou triste, por me fazer peralta em busca de um passeio para alegrar o dia triste de dezembro em que não era possível sair dirigindo por aí..Obrigada por me ouvir, cantarolar incessantemente e adivinhar meus pensamentos, ações e sentimentos no fundo dos meus olhos.
ele insiste em me fazer pensar que estou errada e não compreendo o sentido de tudo o que é bom.
(nunca pense que vc está errada. Você pode não gostar desta condição mas vc é diferente. E somos todos diferentes. Graças a Deus!!!! Se todos no mundo fossem iguais a alguém.......... o mundo seria uma b....ta.)
Ser diferente é bom. Por vezes. Mas existem momentos em que tudo que precisamos é de sermos iguais, sermos parecidos, nos sentirmos inclusos em um grupo qualquer. Hoje não me sinto assim. Não me sinto dissociada, não me sinto apática ao mundo que me cerca. Ainda bem!
Ele me faz sentir pavores horrendos, arrepios desgostosos.
(não gostei particularmente desta parte......)Sem mais.
Os arrepios e pavores são oriundos da tentativa e me entender, não das tuas palavras em especial. Você bem sabe disso! E sabes que te amo por tudo, inclusive (ou talvez especialmente) por me torturar com pavores e arrepios desgostosos - que são fatores que ajudam no crescimento, no auto conhecimento, na superação. Sem mais.
Beijos para a princesa.
H.
Beijos para você, querido, que tanto amo!
Impressionada, parte II.
Esta noite éramos felicidade pura. E éramos segredos divididos, amizade infinita. Ela me contara dos planos de casamento próximo; então eu a questionei (em tons de alegria e até curiosidade) sobre seus conselhos dados a mim outrora.
Ela total, linda, cheia de brilhos. Eu também (por que haveria de sermos diferente?). Conversamos, andamos para lá e para cá dentro de uma casa qualquer. E depois fomos à Igreja. Outras coisas mais perpassaram estes momentos singelos de felicidade suprema, mas não os recordo bem.
Já havia sonhado com ela anteriormente. Mas ela era, então, apenas aflição e tristeza. Hoje não. Hoje era uma satisfação que não tem limites! E eu também!
Talvez estivesse me projetando nela; talvez fossem realmente realidades. Talvez agora, após tantas orações, as coisas tenham realmente se tornado diversas, serenas. Acredito nisso, para ser bem sincera!!
As razões de tudo isso não me importam neste instante. Somente me importa que este sonho me tornou infinitamente mais confiante, mais tranqüila. E sinto que ele se espelhe nela também. Poderia haver algo de maior preciosidade neste instante?!
30.10.06
H.
Sem mais.
Impressionada.
Sexta-feira foi um dia particularmente intrigante. Ouvi de muitos coisas que não perguntei sobre alguém que não questionei. Ouvi coisas que não eram minhas, que não podia imaginar, que nem acho que queria saber!! Realmente, ainda não sei como digerir todas estas informações, como lidar com elas. Mas enfim, após não dormir quase nada de sexta para sábado passei um sábado tristinha e um domingo arrasada. [Talvez esteja realmente precisando de saber como superar tantas aflições. ]
Acho que deveria estreitar uma amizade, talvez. Ou então apenas orar, orar, orar...Por que dividiste tantas coisas?? Sequer havia notado teu rosto por estes corredores! Pode ser tb que isso seja para que eu saiba que mesmo seguindo querendo projetar este futuro, problemas sempre existem. Amplos problemas.
A vida sentimental parece que pode mesmo ser um problema. Que digo?
Ampliando o assunto...
Esta crise dos 23 (ou dos 25, 24...) que por hora me toma todos os sentidos...
[Agora não quero falar mais sobre isso.]
25.10.06
4.10.06
Da infância...
Uma ou duas. Quando sono insieme non si annoiano MAI!! Rs rs!
Correspondência ~~
Não sei bem o motivo, mas sei que assim tem sido.
Você saberia por quê? Me dizem que não posso me abater por algo que não tem definição, que não tem cor. Talvez realmente eu não possa. Talvez exista sim um motivo para tudo isso que sinto. E talvez eu só não queira ver e explicar tal razão. Que digo?
Platão seguirá sendo meu filósofo favorito. Se sou donzela não sei. Mas sei que cativo apenas até um ponto distante: no ponto mais próximo não permito que sejam cativados aqueles que me vêem por fora desta redoma. Redoma de vidro, vale lembrar.
Mas às vezes sou frágil, frágil ao extremo. E me quedo esperando um abraço de urso amigo que tornará meus momentos de felicidade infinitos. Sim, meus ursos são os melhores amigos do mundo! E mormente: meus amigos são os melhores ursos do mundo (vocês sabem quem são!)!
Seria tola se acreditasse que seguindo as recomendações de um de outro faria meus dias de hoje diversos. Rilke foi importante numa escolha que talvez se mostrará a perfeita escolha. [Mas talvez não]. Talvez eu me enverede pelo mundo das pessoas ou pelo mundo das letras num futuro próximo. Só talvez.
Parece que temos que suportar duas ou três lagartas se quisermos ver as borboletas. Estou terminando de engolir minhas lagartas. Agora espero pelas mabi (sim, porque borboleta coreana me encanta neste instante!).
3.10.06
Me surpreendi, obviamente. Não que eu tivesse dúvidas sobre a paixão de todos por ela. Já disse outrora: "quando crescer" quero a fofura da L.T. e a oratoria da E.L. Na simplicidade de tanta competência não resta nada além da admiração. E quanto admiração tenho por elas!!!
Ontem
Choveu. Dia escuro, nublado, pesado. Mas talvez a sazonalidade não tenha importado. Para ser sincera acho que ela nunca importa nos meus sentimentos.
Eu dormi com a Clá de antes de ontem para ontem. Eu a Clá o Piteco e o urso que não tem nome. Piteco porque o fiz Piteco. Ah! E os pernilongos. Talvez o Kelsen também.....não me lembro. Acordei sem me lembrar dos sonhos e até mesmo dos sentimentos. Mas em pouco tempo tudo voltou. Chegou de mansinho, tomando conta de tudo. Levando-me de mim mesma para um lugar qualquer.
A Clá disse que eu não posso "amar um cachorro". O Henrique confirmou. A Clá disse que só posso amar alguém de carne e osso. [CACHORROS TEM CARNE E OSSO!] Ela disse que precisa ser da minha espécie. [CACHORROS NÃO SÃO HUMANOS. Muito embora alguns sejam mais humanos que tantos humanos...].
A Clá criou "PSS" para as nossas conversas. Conversas com p.s. não são nada mais do que gargalhadas infinitas. A tristeza se vai ao lugar algum quando se conversa com p(...).s.
Ela acha que eu não converso com ela. Talvez não converse mesmo. Mas talvez porque não tenham me ensinado a falar. São tantos segredos, tantos sentimentos.
As dores que sinto por vezes se espalham em sentimentos sem freio, em distorções absolutas. Por vezes chego a crer que elas são mais eu do que eu mesma. Mas num átimo de segundo fico cônscia de tudo. De todas as verdadeiras aflições, de todos os medos infundados.
E sigo feliz, amando o Kelsen e cantarolando p.p.p.s. com aqueles que ainda guardam riscos e risos de outrora.
14.9.06
Sobre a última postagem
Lugares cheios me irritam. Possivelmente porque os olhares me irritam.
Mas um dia, espero eu, tudo ficará como um risco leve no passado, um acontecimento vago e sem qualquer relevância. Certo?
Diário
Meu coração agora guarda uma tristeza que suprime todos os demais sentimentos. Costumo guardar, embaixo dos meus olhos de princesa - e dos longos cabelos - , sentidos ocultos, medos silenciosos e dores invisíveis. Não me pergunte o motivo.
Será que a felicidade brilhará permanentemente em meus olhos? Será que verei as cores que tanto almejo enxergar? Será que sentirei os sabores que não sei apreciar? Será que conviverei bem com tantos medos, tantas dores do passado, tantas corrupções do meu coração?
O que almejo neste instante nada mais é do que a possibilidade de saborear os diferentes meandros de vida com um tempero de alegria. Não sei ao certo como fazê-lo. Se você souber me conta? Serei eternamente grata a ti por isso...e por todo o resto.
A dor de alma se instalou aos poucos. Pelo menos eu acho que assim tenha sido.
[...]
Um dia conheci um monstro. Monstro em pele de cordeiro. Filho da puta! Até hoje existem lágrimas causadas pela dor da sua mão nojenta sobre o meu ser. Eu te odeio tanto que queria poder incrustar - com as minhas palavra, com relatos de tamanha dor - uma intensa estaca em seu peito, verme. Mas estou certa de que jamais desperdiçaria minhas palavras contigo. Confio que você jamais poderia me entender. Confio também que você jmais poderia sentir qualquer coisa. Por quê? Porque criaturas como você não chegam sequer a ser pessoa. Seres como você não são humanos. São monstros. São a remela do nada.
Nossa diferença? Eu sofro pelo que me fizeste e por outras coisas mais, mas jamais escondi minhas dores, perturbações ou imperfeições atrás de uma batina. Elas existem mas convivo com as que posso - ou vomito as que ainda não posso lidar. Já você, criatura perturbada, se esconde atrás de vestes milenares. Rídiculo. Odeio sua categoria!
[...]
Diário
Desde que decidi não mais escrever aqui quando estivesse triste parece que simplesmente parei de escrever. Será que há tanta tristeza assim mesmo?
Às vezes parece que minha vida é algo do tipo: a linda menina triste. [...]
(13.09.2006)
Meu diário que, há muito abandonei, parece o mesmo - enquanto eu me mostro tão diversa.
Não sei bem como nem sei porque me sinto diversa. [...]
7.8.06
Sobre a "Noite de Quinta"
Sinto tanto!! (silêncio)
Talvez não. Talvez os fatos de outrora sejam outrora apenas. (Ah! Como espero que sejam!!). Digo isso não pelos fins, mas pelos meios. Os meios são dolorosos. Os meios são infames. Eu sinto arrepios de imaginar banhos no escuro regados por lágrimas infinitas. Eu sinto arrepios de imaginar a ausência de saídas apenas por perceber exacerbados contornos. Eu sinto tanto!!
Mas os fins eram valiosos (acredito nisso ainda agora!).
Tenho que ir. E espero que eles tenham ido também.
5.8.06
Tonight
What can I say?
I felt worried about going over there before, but not latelly. But at this secont I'm so worried!! I feel devasteted, to be honest!
I'm not so sure if there are enough words in this world to explain what I am feeling tonight.....maybe it's not for the prom, maybe it's not for my old classmates. Maybe for everything that it represents. Maybe it's because when I studied there I was happier. Maybe it's because when I studied there I wasn't so stressed. Maybe it's because when I studied there I had the feeling that nice friends were easy to be conquear. Maybe it's because it's past now and past do never come back.
Maybe I feel all that just for I can't avoid thinking how life would be tonight if everything were diferent. Was I going to catch a plane tomorrow mornig for somewhere I wished? Was I going to be happier?
Tears are willing to come. But I'm going to dress fancy for tonight. And I'm going to see how things will turn out to be (at this time not only tonight, but tomorrow and the days after that are ment to arrive....).
Sincearly,
Melody.
11.7.06
Sobre o jantar às 5.00
Agora tenho lanchado. Como nos velhos tempos!!^-^* Amo isso!!
Já falei Sarang he yo hoje, P?
Tenho um perfil quase completo...neste blog e no outro. Um novo link, uma nova cor. Agora é mais Cati, Catita. Acho até que vou mostrá-lo para algumas pessoas... =)) Se te mostrar, fique feliz: gosto de ti!! *^-^*
PS: Still willing to get a turtle and korean movies and songs.
15.6.06
Tristezinhas que não ouso explicar a.k.a. palavras evasivas
I miss a lot. Miss talking to Nadia, to Claire, to Anna, to Alvaro. Miss checking out which donut's brand is the greatest one. Miss having dinner at 5 pm. Miss waking up in the morning with asian girls using my mirror and talking in chinese or in korean around my bed. Miss hating american high schools (ok, I don't miss them!!). Miss having to explain that in Brazil we don't speek Espanish (or even French or Italian!!). I miss my morning classes - specially the coffee time! Lol! Miss missing to speak in Portuguese. Miss travelling every weekend. Miss a lot that summer of mine.
I'm quite better now though. I know that. I feel that. But it doesn't prevent that time by time I have this feeling of now: all that missing. Good missing, I shall stress out (At least at this second). No saudade!! I only missed it now! But today.....
....today I'm going to have a much better day!! And I know I can at least have dinner at 5 pm! =]
12.6.06
About my Ballet presentation last week
Pegando pela garganta...
Ela chegou de mansinho agora há pouco...assim como quem não queria nada. Chegou e ficou. Já pedi que se fosse, mas ela é temperamental. Só faz o que quer, essa ingrata! Ela cuida do estômago, cuida das expressões, dos pensamentos e de todo o restante. Ela vive com um objetivo apenas: dominar.
Não, não vou compartilhar nada com ela por mais nenhum minuto sequer. Só quero minha garganta em paz. Sempre!! [E em qualquer circunstância!!]
Pronto..já estou melhor. E acho que desta vez a expressão insana e livre dos sentidos foi mais clara. Para alguns, eu espero.
27.5.06
Sábado à noite - Ballet Presentation in 10 days
26.5.06
Intervenções em index cards (estudando para a Prova de Econômico II)
Se em um riso ou em pensamento ficam as marcas de uma lágrima outrora escorrida: morte. Morte ao riso, morte ao pensamento. A vida há de ser feita de momentos completos e sublimes, não de meias imperfeições.
Dizem que sou bela. A beleza não consigo entender. Acho que jamais consegui. Talvez quisesse entendê-la. Talvez quisesse sê-la toda. E sê-la nada. Queria entender o amor através da beleza. Queria, neste instante, entendê-lo mais ainda separado dela. Queria ter sonhos, crenças e planos comuns. E cumplicidade. Muita cumplicidade. Beleza? Não sei dela.
25.5.06
Noite de quinta
A inóspita realidade de outrora se faz fantasma no presente. Há um temor. Temor, apenas. Não há temor por tristezas, não há temor por medos. Apenas se teme o barro. E se (....) ? E se tudo que se soubesse fazer nesta vida fossem os bonecos de barro? E se jamais fosse possível transmutar certas atitudes apreendidas na nossa alma? E se sempre que tentasse tocar algo com a singeleza dos longos dedos tudo se transformasse em pálidos bonecos? E se jamais fosse possível não criá-los?
"Era como se eles só pudessem se aperfeiçoar por si mesmos, se isso fosse possível"
Talvez eu não seja ela de Clarice. Talvez eu não crie mais bonecos de barro. Talvez eu não os ame mais. Talvez eu consiga não desejar criá-los (porque no fundo todo o medo é de voltar a desejá-los incessantemente...).
"E, quando queria dizer algo que vinha fino, obscuro e liso — e isso poderia ser perigoso — ela encostava um dedo apenas, um dedo pálido, polido e transparente, um dedo trêmulo de direção."
Não tenho medo de nada nesta noite. Não temo nada há dias, vale dizer. Apenas uma coisa me inquieta neste retorno ao não temor: a possibilidade, boa e amarga, de voltar a criá-los; de voltar a desejá-los; de voltar a sê-los. Apenas isso.
19.3.06
18/03/06 - Fragmentos de diário....
Abro parênteses: os suspiros são a essência dos mais intensos segundos de existência. Os suspiros são a existência no exímio momento das vidas, das mortes. Fecho parênteses.
Nos braços de Otelo ela se embala. Se embala e se vai. Ela vai ao longe, ao lugar algum, ao lugar nenhum. Ela se faz Otelo, se faz possuidora de tudo, de nada. Ela se faz a essência pura da existência completamente embargada de tudo: tudo aquilo que compõe o nada, que compõe o infinito. Ela é parte do infinito absoluto. Ela é o silêncio infinito. Ela é sentimento infinito. Ela é nela e apenas Otelo a tem neste instante. [E neste instante ela é todas as dores do mundo.]
18.3.06
Instantes
A sombra dos nossos pés trazem a intensidade de marcas que não se vão. E trazem a beleza de terem acompanhado risos e choros únicos.
[....] Tenho que ir. Tati me espera para o cinema..
Sazonal
Só há pouco identifiquei seu formato. São trejeitos específicos, todos seus. E a forma de me livrar dela já era conhecida: a forma de se ter vida, a forma de se ter liberdade. Mas não a possuo ainda.
Talvez uma dia não precise mais desta solução. Talvez um dia a consciência seja plena o suficiente para superar a presença destas torturas sem sentido. Talvez um dia, apenas.
9.3.06
ELA
(...)
Ela se queda novamente embargada por silêncios profundos, imersa em olhares distantes. Ela se senta e se vai. Vai ao longe, ao lugar algum. Se perdendo em sua redoma de vidro, mais uma vez, ela mantém a incerteza de suas razões firme em sua essência. Se vai, apenas.
(...)
Acho que cansei de ser ela. E ela cansou de ser eu. Eu não trago mais sabores novos para a vida dela. Ela não proporciona mais poesias e reflexões para os meus dias. Nossa relação se tornou uma simbiose desgastante. Ela me desistimula. Eu a irrito.
Algumas sinfonias seriam necessárias para nossa despedida. E estou certa de que vivemos todas elas hoje. Ela não mais será parte de mim. E eu não mais serei parte dela. Insana delonga superada! Até que enfim, vale dizer.
Abro parênteses: esses traços de Guiomar, de Magdá, de Plath....já não fazem mais sentido em uma existência que urge em se tornar vida. Fecho parênteses.
Mudanças...
Não dá para saber ao certo se a vontade de prosseguir por tantos caminhos, outrora traçados, deve ser mantida ou simplesmente abandonada. Não dá para entender ao certo se o valor de um grito proferido do alto dos mais belos saltos existiria.
Para tanta incerteza, sobra a dúvida. Como se ela, e somente ela, reinasse até que algum posicionamento certeiro fosse tomado.
Abro parênteses: por que será que tomar uma atitude de mudança parece sempre tão difícil? Por que será que todas as vezes que o sonho de me mudar se faz mais próximo urge um aperto aqui dentro? Por que será que há tanta hesitação? Fecho parênteses.
8.3.06
Início
Na verdade o que queria era só dizer algo que me foge ao controle. Escrevo agora porque morreria se não tentasse impregnar de letras e cores estas páginas que se recusam em se fazer sentidas, que não são páginas sequer.
....
Um espelho sempre tem duas faces. A face de fora, a face de dentro. A face que se reflete, a que é refletida. Um espelho sempre traz em sua essência as existências que o compõe. [Meu espelho sou eu.] São minhas faces, minha existência. Conheci meia dúzia de duas ou três pessoas que são minha essência pura e doce, insana e livre. [Meu espelho são elas também.] Vários são os traços de existência que me compõe, mas nenhum deles me determina.