Sobre um riso leve, sobre um olhar distante ou sobre um pensamento profundo: suspiro.
Abro parênteses: os suspiros são a essência dos mais intensos segundos de existência. Os suspiros são a existência no exímio momento das vidas, das mortes. Fecho parênteses.
Nos braços de Otelo ela se embala. Se embala e se vai. Ela vai ao longe, ao lugar algum, ao lugar nenhum. Ela se faz Otelo, se faz possuidora de tudo, de nada. Ela se faz a essência pura da existência completamente embargada de tudo: tudo aquilo que compõe o nada, que compõe o infinito. Ela é parte do infinito absoluto. Ela é o silêncio infinito. Ela é sentimento infinito. Ela é nela e apenas Otelo a tem neste instante. [E neste instante ela é todas as dores do mundo.]
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