Minha vida foi, por tanto tempo, poesia. Poesia e apenas ela. Infelizmente hoje ela tem sido feito mais de lágrimas do que de poesia.
Não sei bem o motivo, mas sei que assim tem sido.
Você saberia por quê? Me dizem que não posso me abater por algo que não tem definição, que não tem cor. Talvez realmente eu não possa. Talvez exista sim um motivo para tudo isso que sinto. E talvez eu só não queira ver e explicar tal razão. Que digo?
Platão seguirá sendo meu filósofo favorito. Se sou donzela não sei. Mas sei que cativo apenas até um ponto distante: no ponto mais próximo não permito que sejam cativados aqueles que me vêem por fora desta redoma. Redoma de vidro, vale lembrar.
Mas às vezes sou frágil, frágil ao extremo. E me quedo esperando um abraço de urso amigo que tornará meus momentos de felicidade infinitos. Sim, meus ursos são os melhores amigos do mundo! E mormente: meus amigos são os melhores ursos do mundo (vocês sabem quem são!)!
Seria tola se acreditasse que seguindo as recomendações de um de outro faria meus dias de hoje diversos. Rilke foi importante numa escolha que talvez se mostrará a perfeita escolha. [Mas talvez não]. Talvez eu me enverede pelo mundo das pessoas ou pelo mundo das letras num futuro próximo. Só talvez.
Parece que temos que suportar duas ou três lagartas se quisermos ver as borboletas. Estou terminando de engolir minhas lagartas. Agora espero pelas mabi (sim, porque borboleta coreana me encanta neste instante!).