15.8.10



Não quero nada nem ninguém para me dizer o que fazer, me dizer o que sentir. Não quero nada nem ninguém para me contornar as inexatidoes, para me controlar o alvorecer. Não quero nada nem ninguém para me limitar. Não quero nada nem ninguém querendo saber quando vou chegar (e como foi). Não quero nada nem ninguém para me restringir. Simplesmente porque não tenho limites, porque não quero ninguém para me fazer bailarina de caixinha de música. 
Não quero nada nem ninguém que me tire a liberdade de respirar segundo a minha vontade. 
Não quero nada nem ninguém para me tolher palavras, cortar sentidos.
Não quero nada nem ninguém que me espere curar-lhe as inexatidões, guardar-lhe os passos. Não, jamais. Não nasci com a possibilidade de ser limitada e tampouco de limitar os demais. 
Eu não quero esta limitação limitante. Nao sou dada a esta vidinha previsível das 9, não me enquadro nestes roteiros repulsivos.   
Não quero viver de sonhos; eu quero viver de um ar que transcende qualquer entendimento. Quero viver de realização de planos, da concretização das mais Perfeitas vontades. Quero ser levada a lugares cada vez mais altos, mais distantes de mim mesma. Quero chegar a experimentar sabores jamais conhecidos. Quero a completude, quero a leveza. Quero Tudo, ao passo em que quero apenas afastar-me de tudo aquilo que é tão proceloso.

0 comentários: