7.1.10

Ruth 3:18 em 07.01.2010, 3:12.



Engraçado. Em um dos pesadelos que tive ano passado (talvez o pior de todos, vez que acordei gemendo e em lágrimas em um quarto com outras duas pessoas) o telefone tocou duas vezes. E a voz do outro lado não era aquela que eu buscava. Pânico. Dor. Lágrimas. Não foi por pouco que quase deixei de ir para Polônia. Questionei sobre a volta para casa. Não era nem mesmo a Páscoa.

Ironia. Em uma ligação no meio da noite da primeira semana de janeiro a voz do outro lado me entrega (derrama) nome de assento de banco de ônibus de Torino. Uma realidade quase Kafkaniana. Seria um pesadelo distorcido, bem possivelmente. O telefone a tocar duas vezes. O telefone atendido. Uma explicação que não se faria necessária caso não fosse orquestrada (chicoteada) por alguém. Pitoresca cena.

Um X. O X da questão é que esta questão não tem X. Tudo parece tão subliminar (pesadelo) que beira o enlouquecimento de Ismália. Mas mal sabia Alphonsus que aquele desvario faria um sentido (quase poético!) na vida dos que não querem se perder entre a lua do céu e a lua do mar.  Eu continuo a amar Ismália, a pobre coitada presa na torre. 

E seguem-se as incongruências. Eu, vez outra, peço com licença. E para quem queria ouvir o adeus, bastava se adiantar. Mas não, parece que essa condição não seria fato. Ou ato. 

No meio desta noite não existe lágrima copiosa, lágrima incipiente ou qualquer reação do tipo. Não. Resta uma pontinha de um sentimento que cá não se deve fazer expresso. Além de uma humilhação que, se era parte da sinfonia (rodeio espanhol), jamais se concretizou. Sem mais.


Em PS cabe ressaltar que o pesadelo saiu pior que a encomenda. Assim, sem grandes surpresas para esta madrugada.
Em PPS dou um suspirinho. Uffa (em Italiano)!!
E para fechar (ouço o espanto e noticio um sorriso discreto no canto destes lábios) possivelmente amanhã o suspiro homônimo será dado em Português.

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