Recentemente tenho pensado bastante sobre a diferença entre aqueles que estão mortos e aqueles com quem não mantemos quaisquer laços (mas que vivem). Não cheguei a nenhuma decisão resolutiva, mas devo dizer que já abandonei as linhas do pensamento após um pouco de centrada reflexão. Acontece que me pareceu não ter tanta diferença (prática), a não ser o fato que os vivos podem (eventualmente) manter qualquer diálogo, responder dúvidas, expressar as moções de seus pulsamentos. Já os falecidos nos deixam (sempre) com os meandros do monólogo.
Desde muito pequena me acostumei a criar cenários e falas. Situações perfeitamente articuladas. Com diálogos bem definidos, figurinos detalhados, em um cenário absolutamente descritível. E os anos se passaram e tal atributo não se esvaiu. Muito pelo contrário, possivelmente se tornou ainda mais elaborado.
Mas não raro os monólogos rodeiam os que são vida (aqui devo também me implicar). Mas não deveria ser assim...muitas vezes. Porque em um sopro (puff!) tudo se esvai. E restam as lágrimas (novamente, mas desta vez inconsoláveis), a dor e os monólogos mentais.
Talvez o silêncio não devesse se fazer tão constante. Talvez devesse. Na verdade eu arrisco a dizer que os silêncios, por si só, podem ser até bastante aprazíveis; mas se os silêncios existem ao passo em que monólogos mentais são construídos, certeiro é que algo carece de tintura de iodo. Uma operação delicada de exposição deve ser criada. E por este motivo os diálogos se tornam praticamente mandatórios. E causam a redenção daqueles que viviam submersos em monólogos.
7.1.10
Ruth 3:18 em 07.01.2010, 3:12.
Engraçado. Em um dos pesadelos que tive ano passado (talvez o pior de todos, vez que acordei gemendo e em lágrimas em um quarto com outras duas pessoas) o telefone tocou duas vezes. E a voz do outro lado não era aquela que eu buscava. Pânico. Dor. Lágrimas. Não foi por pouco que quase deixei de ir para Polônia. Questionei sobre a volta para casa. Não era nem mesmo a Páscoa.
Ironia. Em uma ligação no meio da noite da primeira semana de janeiro a voz do outro lado me entrega (derrama) nome de assento de banco de ônibus de Torino. Uma realidade quase Kafkaniana. Seria um pesadelo distorcido, bem possivelmente. O telefone a tocar duas vezes. O telefone atendido. Uma explicação que não se faria necessária caso não fosse orquestrada (chicoteada) por alguém. Pitoresca cena.
Um X. O X da questão é que esta questão não tem X. Tudo parece tão subliminar (pesadelo) que beira o enlouquecimento de Ismália. Mas mal sabia Alphonsus que aquele desvario faria um sentido (quase poético!) na vida dos que não querem se perder entre a lua do céu e a lua do mar. Eu continuo a amar Ismália, a pobre coitada presa na torre.
E seguem-se as incongruências. Eu, vez outra, peço com licença. E para quem queria ouvir o adeus, bastava se adiantar. Mas não, parece que essa condição não seria fato. Ou ato.
No meio desta noite não existe lágrima copiosa, lágrima incipiente ou qualquer reação do tipo. Não. Resta uma pontinha de um sentimento que cá não se deve fazer expresso. Além de uma humilhação que, se era parte da sinfonia (rodeio espanhol), jamais se concretizou. Sem mais.
Em PS cabe ressaltar que o pesadelo saiu pior que a encomenda. Assim, sem grandes surpresas para esta madrugada.
Em PPS dou um suspirinho. Uffa (em Italiano)!!
E para fechar (ouço o espanto e noticio um sorriso discreto no canto destes lábios) possivelmente amanhã o suspiro homônimo será dado em Português.
Ironia. Em uma ligação no meio da noite da primeira semana de janeiro a voz do outro lado me entrega (derrama) nome de assento de banco de ônibus de Torino. Uma realidade quase Kafkaniana. Seria um pesadelo distorcido, bem possivelmente. O telefone a tocar duas vezes. O telefone atendido. Uma explicação que não se faria necessária caso não fosse orquestrada (chicoteada) por alguém. Pitoresca cena.
Um X. O X da questão é que esta questão não tem X. Tudo parece tão subliminar (pesadelo) que beira o enlouquecimento de Ismália. Mas mal sabia Alphonsus que aquele desvario faria um sentido (quase poético!) na vida dos que não querem se perder entre a lua do céu e a lua do mar. Eu continuo a amar Ismália, a pobre coitada presa na torre.
E seguem-se as incongruências. Eu, vez outra, peço com licença. E para quem queria ouvir o adeus, bastava se adiantar. Mas não, parece que essa condição não seria fato. Ou ato.
No meio desta noite não existe lágrima copiosa, lágrima incipiente ou qualquer reação do tipo. Não. Resta uma pontinha de um sentimento que cá não se deve fazer expresso. Além de uma humilhação que, se era parte da sinfonia (rodeio espanhol), jamais se concretizou. Sem mais.
Em PS cabe ressaltar que o pesadelo saiu pior que a encomenda. Assim, sem grandes surpresas para esta madrugada.
Em PPS dou um suspirinho. Uffa (em Italiano)!!
E para fechar (ouço o espanto e noticio um sorriso discreto no canto destes lábios) possivelmente amanhã o suspiro homônimo será dado em Português.
Senza titolo. Niente di più. 06 gennaio 2010.
Hoje me perguntaram se ainda gosto de você. Minha resposta, com olhares ao horizonte, foi que não acho que jamais gostarei de alguém assim. Indeed, I did say I do. Not that it changes anything. The real truth is that I messed up, you messed up and it is all far away past. But I am fully aware that I keep messing up every single moment in which I even care about replying to such questions or to rationalize such feelings.
Not that love is suppose to fade; nor that this kind of feelings is the one and only manifestation of love. No, not at all. Not that you are perfect (or for the sake of my argument, were perfect), not that you cared about me better than anyone else, not that you fulfill my dreams, not that you share my thoughts. But for some uncountable reasons you kept your place. (And the bells rise in a symphony: Silly C, silly C..).
Could it be diverse: Maybe. Maybe the entire path could have been diferent. So many maybes. Maybe one could be alive, maybe one could be near, maybe one could be none, maybe the eyes could have seen more and the heart have felt less. Maybe... Maybe one day there would not be you standing with that white shirt of yours seting all my breakable belongings while I was being the most annoying of all the superfecial creatures ever. But you were. And you felt for me. And from that moment on all the things were damned to be the way they are nowadays...or maybe not. Maybe we did screwed them up in a way they shouldn´t have been.
In any case, enquanto tento racionalizar o que não tem razão eu me torno um ambulante soco no estômago. E ainda devo ressaltar que jamais chego a ponto algum com tais interpretações. Sim, tudo isso sequer parece fazer sentido. Time passed by and one moves on. Curso natural das coisas. You did.(...)
E mais um dia se esvai. E que venha outro!! Porque nada melhor do que um pouco de curry para variar o paladar. Além do mais, se da pimenta e da canela restam permanentemente as memórias do passado, nada como um novo sabor para temperar os meandros da vida no presente e no futuro.
E em um cantinho discreto remanerá a sua essência (bom, ao menos a essência do que fomos. E talvez um pouquinho daquela do que não fomos também.) E mais dia menos dia estes textos se esvairão.
Not that love is suppose to fade; nor that this kind of feelings is the one and only manifestation of love. No, not at all. Not that you are perfect (or for the sake of my argument, were perfect), not that you cared about me better than anyone else, not that you fulfill my dreams, not that you share my thoughts. But for some uncountable reasons you kept your place. (And the bells rise in a symphony: Silly C, silly C..).
Could it be diverse: Maybe. Maybe the entire path could have been diferent. So many maybes. Maybe one could be alive, maybe one could be near, maybe one could be none, maybe the eyes could have seen more and the heart have felt less. Maybe... Maybe one day there would not be you standing with that white shirt of yours seting all my breakable belongings while I was being the most annoying of all the superfecial creatures ever. But you were. And you felt for me. And from that moment on all the things were damned to be the way they are nowadays...or maybe not. Maybe we did screwed them up in a way they shouldn´t have been.
In any case, enquanto tento racionalizar o que não tem razão eu me torno um ambulante soco no estômago. E ainda devo ressaltar que jamais chego a ponto algum com tais interpretações. Sim, tudo isso sequer parece fazer sentido. Time passed by and one moves on. Curso natural das coisas. You did.(...)
E mais um dia se esvai. E que venha outro!! Porque nada melhor do que um pouco de curry para variar o paladar. Além do mais, se da pimenta e da canela restam permanentemente as memórias do passado, nada como um novo sabor para temperar os meandros da vida no presente e no futuro.
E em um cantinho discreto remanerá a sua essência (bom, ao menos a essência do que fomos. E talvez um pouquinho daquela do que não fomos também.) E mais dia menos dia estes textos se esvairão.
6.1.10
29 de dezembro de 2009.
Esta palavra de ordem, mascarada em atos e não atos, tem me deixado às beiras de um ataque insano.
Esta palavra, que tem ruídos de continuação e de imobilidade, tem carapuceado minhas forças. Mas se fosse por pura inércia não seria por falta de amor, Um amor puro, um amor egoístico, um amor protetor extremista. Minha nova luta vem a ser travada contra esta palavra com cacarejar de roldanas e pregos que não cumprem outra função senão a função estática a que foram concebidos para cumprir. Mas a realidade, nua e cega, faz com que meus pulsos sintam a necessidade de atropelar esta constantidade - Se é que constantidade se faz palavra!
Mas, de inércia, digo um último adeus. E agora com licança, devo começar um novo passo.
Esta palavra, que tem ruídos de continuação e de imobilidade, tem carapuceado minhas forças. Mas se fosse por pura inércia não seria por falta de amor, Um amor puro, um amor egoístico, um amor protetor extremista. Minha nova luta vem a ser travada contra esta palavra com cacarejar de roldanas e pregos que não cumprem outra função senão a função estática a que foram concebidos para cumprir. Mas a realidade, nua e cega, faz com que meus pulsos sintam a necessidade de atropelar esta constantidade - Se é que constantidade se faz palavra!
Mas, de inércia, digo um último adeus. E agora com licança, devo começar um novo passo.
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