10.7.10



Estou me estranhando. Estou mudando. Mudando, mudando. Mudei. 
Eu tenho minhas urgências. Algumas são intensas como a chuva. Outras são leves como um passarinho. 
E eu era uma ontem, uma hoje cedo, outra agora. As reminiscências que me compõem jamais se abalaram tanto como por agora.  
Deixo de ter medo de minhas escolhas, medo dessa mudança obscura. Deixo de entrever os detalhes pela janela e me lanço à porta como um tiro de canhão. 
Deixo de ser cada dia apenas não óbvia, somente para me tornar o inesperado. 
Estou ouvindo meus anseios, meu norte. Estou sendo absolutamente consumida pela minha transformação. Estou sendo feita novidade, estou descobrindo novos sonhos, novos caminhos.  
Estou mudando. Mudando, mudando. Mudei. E não me estranho mais. 
 

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