Nesta hora da noite não sei ao certo se sinto os embargos de um riso leve ou de umas duas lágrimas copiosas que insistem em querer rolar. Nesta hora da noite não sei se sou mais uma saudade em forma de futuro ou uma saudade em forma de passado. Nesta hora da noite não sei ao certo onde começam meus medos e onde terminam minhas vontades. Talvez, só talvez, nesta hora da noite os meus medos não comecem; e tampouco minhas vontades terminem. E talvez seja por isso, só por isso, que agora sou um riso incipiente e uma pontinha de choro.
Mas nesta noite não haverá lágrima. Mas nesta noite também não haverá nostalgia. Nesta noite apenas hão de existir doces sonhos, doces melodias, doces conversas, doces companhias.