7.2.10

Dia 06 de fevereiro de 2010.



PS: Acho que finalmente minhas palavras estão tocando o que tem forma. Reticências.

6.2.10

Dia 06 de fevereiro de 2010.




Quando se esvairão estas disfuncionalidades? O que estou a buscar com tudo isso?
Tive outro pesadelo esta noite. Mas desta vez algo um pouco diverso (ótimo sinal, arriscaria dizer!). Meu pesadelo foi interrompido porque acordei gritando. Eu estava chorando e gritando em sonho e acabei acordando em meio a gritos. Na verdade não fazia sequer muito sentido...esta coisa de se sonhar que para ir bem em uma dinâmica seria necessário demonstrar emoção, agir naturalmente, com espontaneidade. Sim, espontaneidade...ou talvez fosse impulsividade. E ao ouvir isso comecei a agir espontânea e impulsivamente enquanto questionava a ligação entre agir assim e ter as características necessárias para mediar qualquer situação. Enfim, foi neste cenário de desespero e gritos que me despertei hoje.
E não sei ao certo porque esta disfunção está tomando contornos quase incontroláveis...que tarde! (...) Já é noite. E resta um suspirinho de indagações e um tanto de assuntos e pensamentos pendentes. Poderia quedar-me envolva por um invólucro plástico ou por uma nova redoma de vidro (the bell jar..the bell jar!). Ou poderia fazer as coisas de uma forma diversa desta vez. Sim, esta idéia muito me apraz! Já não poucas vezes me deleitei (sim, deleitei) nos sentimentos de incompreensão, de dor, de vazio. Mas através da criação de uma melodia só minha entendo que será possível fazer diferente desta vez.
Na verdade, outrora refleti sobre a sensação de abuso perpassando tudo. Mas agora estou pensando que não é esta a questão. O ponto crucial seria, talvez, o medo do abandono, da rejeição. Isso se tornou bastante óbvio através das posturas dominantes que assumi no passado recente. Um comportamento quase de um general russo (daqueles que receberam treinamento soviético) controlando milimetricamente as possibilidades de não ter conversa, risotto e vinho antes de ir para casa.  Na verdade, este exemplo talvez tenha despontado a minha percepção comportamental de tanto tempo.
Continuo a afirmar que nada que se inicia traz consigo a promessa de um fim perfeito, mas a verdade é que não sei lidar com as possibilidades de finitude. Mas este fato também parece ser facilmente entendido quando se conhece minha história de vida.
As incertezas acompanharam praticamente todos os momentos, assim como as buscas em ser absolutamente agradável - e perfeita. Enfim, um objeto amável com constância. Apesar de todas as inconstâncias.  Abro parênteses: Sim, as inconstâncias me fizeram refém de alguns medos, de um coraçãozinho disparado ao ouvir a maçaneta se abrindo, de alguns comportamentos milimetricamente planejados. Não saber se no próximo momento seria eu a coisa preciosa ou o estorvo absoluto impôs alguns traços de personalidade marcantes. Para ser sincera participei deste jogo todo o tempo, mas nunca soube direito onde me encaixar entre todas estas oscilações. E ainda não sei. Às vezes questiono o amor. Ou seria a forma de se amar? Não sei.
Acho que isso é crescer. É entender que as coisas são como são. E isso basta. Basta compreender para que se possa mudar. Talvez não mudar uma situação em que somos sempre figurinistas, mas mudar as situações em que somos atores, as situações de uma vida que geramos, respirar após respirar. E ao compreender os flagelos e amores que cada qual traz em seu âmago compreendemos a beleza de viver. Por mais difícil que possa parecer ouvir a si mesmo, debater com seus pensamentos, seus atos incondicionados, sua forma de agir e pensar, refletir tem se mostrado ser, efetivamente, a melhor forma de crescer. E por isso sou grata a cada dorzinha que ecoa quando tento digerir um sentimento ou ato que, até então, se fazia automático. Como é lindo viver!!

(No telefone...)
O meu texto deveria continuar, mas a este ponto apenas tenho a dizer que é impagável sentir o viço de vida a transbordar meu ser. Obrigada a ti.  

5.2.10

Struggling (Dia 5 de fev.de 2010)




Da quando ho trovato la funzione shuffle del mio Sansa non sò mai quello che sentirò fra qualche minuti. Ma anche la vita sembra un po` cosi, non?
I am struggling. I must admit that truth...another time.
In fact it is just so awkward to be seeing faces that shall not be seen around this city, it is so awkward to go kissing cheeks on the wrong side, it is so awkward to think before saying excuse-me. É tão estranho….as coisas passam desapercebidas quase o tempo todo de consciência, mas nos momentos mais inusitados (distraídos) surge uma reflexão profunda antes de pedir “com licença”. Surge também uma confusão mental a respeito da primeira bochecha que deve ser beijada em um cumprimento. E seguem-se os dias.
Abro parênteses: Yes, I guess I am indeed messing up with them, S. Devo smettere di prendere queste medicine. Actually, yesterday I got into a funny incident when I needed to say out loud what I really needed doing at that moment…(Xiiiiiiiiiiiiiii, não diga!)…poor little listener of mine! Poor little me saying that out lout to my listener. And today I am also struggling with a bit of a back ache. Oh well…lasciamo perdere. Fecho parênteses.
This little (glued) heart of mine. Oh, little heart…oh glued thing!  At the moment “Indecision” could be my surname. Or confusion: for the very same matter of fact. To be honest I am having troubles to pick little things, to make simple decisions, to keep on focusing on the big picture. But I know it is a process, it is natural (after all……) and that things are getting more and more clear day by day. But that part that makes no sense in this big picture is the fact that I am absolutely convinced that one very specific thing worth being fought for. I could say that maybe it is because I have this glued heart and nothing is like once it was when you need to use glue to recover its shape. But also I could understand those thoughts as part of my well known obsession, the need to be absolutely committed to a cause, to a thought.
On the top of everything I keep on asking myself what I am looking for with that posture of mine. In fact, I could claim that I am just looking for living. And that is indeed more than a reason to keep walking towards that direction. But in the other hand, I am not sure if that is the calling for this situation….let’s see, I assume.
Sono tutti e due pazzi, ma parlano la stessa lingua, hanno una storia simile e magari riusciranno insieme a fare valere la pena. Una historia cosi non si butta via facilmente. Cosa me ne dice?  Sim, são ambos loucos, mas eles falam a mesma língua, têm uma história semelhante, e talvez tenham a capacidade de fazer tudo valer a pena. Memoravelmente.