19.3.12

Amanhã



Amanhã tenho dois compromissos no mesmo horário. Um me impulsiona a seguir o futuro, mas me lembra que ele não é mais como fora o meu passado. O outro compromisso me faz encarar o passado, mas com auspícios de um futuro melhor. 

Não sei ao certo o que fazer. Talvez devesse forjar desculpas sem sentido para não me comprometer em nenhum dos dois lugares. Talvez devesse tentar mudar os horários e adptar minha agenda para essa nova vida carregada de intensidades causadoras de estranhezas. Talvez eu devesse me esquecer de buscar sentidos, guardar lembranças, macular linhas. Talvez eu devesse apenas tentar me adaptar, o melhor que eu puder, para essa coisa do inusitado. Mais um dia, mais uma vez. 

Abro parênteses: Não que eu não esteja tentando -- Eu estou! Acredite em mim! Mas acontece que, vez por outra, as coisas parecem um pouco fora de foco. É quase como um tremendo devaneio sem sentido, um emaranhado de perguntas sem resposta. Fico aqui, quietinha, tentando entender as coisas. Mas elas brincam de se esconder de mim. E nesses momentos eu fico sem entender como fazer funcionar. Afinal, basta che funzioni. Fecho parênteses. 

8.3.12

Então hoje é dia 8 de março...



Ouvi por ai que Carpinejar defende as mulher loucas. Mulheres que pintam os cabelos de vermelho, mulheres que destroem chás alheios. 
São aquelas mulheres instáveis, repletas de urgências. Mulheres que descem de carros em movimento, mesmo que embaixo de chuvas torrenciais. São mulheres absurdamente insanas, dessas que ameaçam jogar celulares dentro da piscina. Elas tentam se arremessar da janela de um prédio, mesmo que seja do primeiro andar! São mulheres intensas, que amam intensamente, que desejam loucamente. São  mulheres que perdoam traições, que se indignam quando ligam e não são atendidas. São mulheres que colecionam absurdos e incongruências. São mulheres que conseguem se esparramar ao chão enquanto gritam ao telefone e em poucos minutos estão a invadir uma casa sem pestanejar. São mulheres corajosas, mulheres covardes, mulheres absurdas. Ou melhor, absurdamente loucas. O que me resta dizer nada mais é senão que Carpinejar é que é louco. Não há beleza qualquer neste tipo de mulher. Não há beleza em quem não pode se controlar, não sabe se portar. Existe um limite daquilo que é tolerável, que se deve suportar. Uma mulher obrigada a se entregar a tantas histerias não pode estar sendo bem tratada, cabendo a ela apenas se retirar.

OSB: Eu escrevi este texto há algum tempo, somente para responder aos argumentos de Carpinejar. Apenas aproveitei o dia para postá-lo, apesar de saber que não guarda relação com o significado da data de hoje.