17.5.07

Para L.



Querido L.,
Muito obrigada pela aprazível noite regada a poesias e sentimentos mil. Muito obrigada pelo sorrisso sereno que insiste em se fazer morada ainda agora, antes de me recostar. Muito obrigada por permitir desvelar-me através dos meus textos nos teus olhos.
Muito obrigada por não requerer explicações, conceituações, traduções. Muito obrigada por deixar-me com a dúvida de que tu tenhas me entendido (e com a certeza de que já agora sabes mais de mim do que eu mesma poderia explicar. Sobretudo porque explicar-me sempre foi árduo trabalho.).
Muito obrigada por ser um pedacinho do que une o passado ao futuro: poesia.
Muito obrigada por compartilhar seus antepassados, seus sonetos. Muito obrigada por ser tão singular, discreto, intenso - especialmente hoje, após te falar de longos e aterafados dias regados, tantas vezes, por um silêncio cortante. Muito obrigada por tudo isso.

6.5.07

Domingo, 06.05.2007. ~ INFINITO AMOR (de Deus)



Hoje é um daqueles dias em que acordei com vontades peculiares. Despertei querendo subir nos mais altos saltos e gritar para o mundo todo os meus mais secretos sentimentos e desejos. Queria esbravejar o amor, o sabor e as cores que permeiam estas manhãs singulares. Queria gritar para o mundo as verdades que uma determinação traz consigo. Queria fazer vida física os sentimentos d'alma minha.
Queria descer dos saltos e me transmutar na simplicidade, na alegria pura e sincera de quem sente O AMOR correr nas veias. Queria esbravejar graças e louvores a todos que não sabem do que falo.
Queria sorrir de um sorrisso livre, embriagar-me de promessas. Queria um choro intenso, um grito ferrenho de liberdade. Queria ser o elo que afasta a segregação do mundo, o sal que tempera a vida.
Queria ser tudo isso e isso tudo apenas.
E queria que cada manhã renovasse essas promessas e guardasse consigo a verdade do que digo.
E é isso que quero, e é por isso que clamo.
E que assim seja!!